Dólar sobe, mas…
Desvanecem-se as esperanças de corte nas taxas
O índice do dólar está subindo à medida que as esperanças de um corte nas taxas do Fed desaparecem. A razão é simples, o relatório NFP foi muito mais forte do que o esperado e sugere que a economia dos EUA não enfraqueceu muito. A atividade global está desacelerando, a atividade nos EUA também, o problema é que a expectativa do mercado se superou como de costume, um soluço na atividade no início deste ano não foi sinal de recessão. Agora, as esperanças de cortes substanciais nas taxas do FOMC foram cortadas pela metade, as expectativas de um único corte neste mês permanecem em 100%, mas as chances de um segundo são próximas de 0%.
O que isso significa para o dólar? O índice do dólar recuperou de um nível de suporte na semana passada e parece que vai subir. O problema aqui é que ainda existem alvos de resistência nas proximidades que podem impedir que o índice suba. Se o banco central dos EUA vai ser menos dovish do que o esperado, o BCE, o BOE e o BOJ também podem ser, hein? Vamos esperar e ver alguns dados.
Além disso, as Minutas do FOMC também serão entregues esta semana e é aí que reside o risco real. O mercado espera que o Fed tenha se tornado ligeiramente dovish, a questão é o quão dovish, e as atas podem respondê-la. Neste momento a resistência é de $ 97,50, um movimento acima pode ser de alta, o risco é de resistência em $ 98,00. É possível que o DXY permaneça dentro da faixa de longo prazo, à medida que o mercado se ajusta a um novo conjunto de expectativas. A próxima reunião do FOMC é em cerca de três semanas e há alguns dados importantes entre então e agora. Esta semana, o CPI e o PPI podem estar no topo da lista.
O EUR/USD parece estar se movendo para baixo sob uma forte corrente descendente. O par caiu abaixo da média móvel de curto prazo e um nível de suporte chave com forte impulso. Deve-se esperar uma queda para 1,1150 ou menos, mais do que isso depende das atas e do FOMC, e também do BCE. O BCE está prestes a fornecer algum estímulo e uma nova presidente, possivelmente Christine Lagarde, estará no cargo no próximo ano, então haverá alguma turbulência e volatilidade, não importa o que mais aconteça.
