Euro sob pressão após votação na Itália
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- Como antes do Brexit, o recente referendo italiano causou caos. Após a votação de Matteo Renzi sobre a reforma constitucional, o primeiro-ministro renunciou, a Itália foi forçada a fazer um balanço e o euro desvalorizou. Agora, de acordo com um grupo empresarial alemão, a turbulência causada pelo resultado do referendo pode ser suficiente para colocar o euro em risco. O chefe da Federação das Indústrias Alemãs, Ulrich Grillo, disse: “Os riscos de uma nova instabilidade política para o desenvolvimento econômico, os mercados financeiros e a união monetária estão aumentando ainda mais
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Euro sob ameaça crescente
.”
Isso fez com que muitos questionassem a probabilidade de a Itália permanecer na zona do euro no futuro próximo, uma perspectiva que o Douglas McWilliams, do Center for Economic and Business Research, acredita que caiu abaixo de 30% após a votação.
Não há dúvida de que a Itália poderia permanecer na zona do euro se estivesse disposta a pagar o preço de um crescimento praticamente zero e gastos de consumo deprimidos por mais cinco anos. Mas isso é pedir muito a um eleitorado cada vez mais impaciente .
E eles não estão sozinhos em expressar suas preocupações – o ministro das Relações Exteriores da Alemanha também expressou dúvidas após a decisão, afirmando que, embora o resultado não tenha sido devastador, ainda não foi um desenvolvimento positivo em relação à crise geral na Europa.
Os mercados refletiram tais sentimentos, com o euro caindo para uma mínima de 20 meses em relação ao dólar após o resultado do referendo e a renúncia do primeiro-ministro Renzi. Isso fez com que a moeda caísse para $ 1,0505 em seu nadir, seu nível mais baixo desde março de 2015. Embora tenha subido desde então, os economistas alertaram contra o otimismo prematuro, enfatizando que a confiança empresarial na Itália quase certamente será impactada negativamente pela inevitável incerteza política e contínuas lutas dentro do setor bancário.
No entanto, quanto ao efeito indireto que isso terá na Europa, muitos comentaristas estão imperturbáveis. Jean Asselborn, ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, está entre eles. Ele disse à agência de notícias alemã DPA: “
A Itália votou em uma reforma. Seria errado extrapolar isso agora para o nível europeu. Foi uma discussão política interna.
”
Só o tempo dirá se tal previsão se confirmará.
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